domingo, 1 de julho de 2012

um pouco sobre viagem astral.

Projeção Astral ou Desdobramento astral

Continuando nosso estudo sobre projeção astral, aprenderemos a seguir uma técnica para despertar a consciência no mundo astral, isto é, quando estivermos dormindo e sonhando, despertarmos do sonho e nos darmos conta que estamos no mundo astral e, a partir disso, fazer nossas primeiras experiências conscientes em astral. 

A técnica que aprenderemos é a técnica do saltinho, uma forma simples e eficiente para despertar a consciência no astral. 
Isso de despertar consciência já estando em astral é chamado por muitos de sonho lúcido. 
Alguns consideram projeção astral apenas quando alguém sai em astral do corpo físico conscientemente, o que inclusive aprenderemos também neste curso. 
Para nós, no entanto, isso não faz nenhuma diferença, pois o que importa é estar consciente no astral, não importando se saiu consciente do corpo ou se despertou consciência quando já se estava em astral. 

A técnica do saltinho é na verdade uma disciplina que incorporamos em nosso dia a dia. 
E essa disciplina é a seguinte: 

Em nosso dia a dia devemos estar atentos a tudo que nos cerca, pessoas, objetos, lugares, etc. No mundo astral existem muitas coisas e fenômenos que não existem no mundo físico como objetos que voam, seres estranhos, criaturas desconhecidas e uma infinidade de outras coisas. 
Então em nosso dia a dia quando vermos algo que nos pareça um pouco estranho ou diferente (uma pessoa com roupa extravagante, uma construção diferente, um objeto incomum ou fora do lugar, enfim qualquer coisa ou situação que seja um pouco diferente) devemos nos questionar “Estou no mundo físico ou no astral agora?”, e então dar um pequeno saltocom a intenção de flutuar
Se não flutuar é óbvio que estará no físico, mas se flutuar significa que até aquele momento você estava sonhando e que agora está consciente no mundo astral. 

Quanto mais vezes fizer isto durante o dia melhor, pois será mais fácil de despertar no astral. 
Se acostumar a essa disciplina aqui no mundo físico quando ver no astral alguma das muitas coisas estranhas que lá existem fará a mesma coisa, isto é, irá se questionar, dar um saltinho e flutuar, e então se dará conta de que está no astral. 

O ideal é sempre dar o saltinho, mas podem ocorrer situações em que isto não seja possível, por exemplo no local de trabalho, perto de outras pessoas, etc. 
Nestas situações, após vermos algo que achamos um pouco estranho e nos questionarmos se estamos no físico ou no astral, podemos fazer uma outra coisa ao invés de dar o saltinho: puxar um dedo da mão com a intenção de esticá-lo. 
Isto também funciona porque quando puxarmos o dedo no astral ele realmente esticará como se fosse de borracha e então nos daremos conta de que estamos no astral. 

O ponto mais importante sobre esta técnica é fazê-la realmente duvidando se estamos no físico ou no astral, até porque só teremos certeza disso quando darmos o saltinho ou puxarmos o dedo. 
Afinal, quem garante que agora mesmo você não está apenas sonhando que está lendo este texto?? 
Se não der o saltinho ou puxar o dedo para comprovar pode ser que você acorde daqui a pouco e se lamente por não ter usado a técnica para despertar no astral. 

E quando despertarmos no astral, o que faremos ou para onde iremos? 
É claro que temos um objetivo definido para praticarmos estas técnicas de projeção astral: descobrir o que está oculto sobre nós mesmos e sobre muitos outros mistérios. 
No entanto ainda estamos “aprendendo a andar” neste assunto de projeção astral e por hora faremos apenas algumas experiências. Estando consciente em astral você pode experimentar saltar muito alto ou mesmo tentar voar. Pode também tentar atravessar paredes e ver o que acontece. 
Veremos em outras lições do curso um objetivo muito mais importante para a projeção astral do que as experiências acima sugeridas. 

Abaixo transcrevemos um trecho do livro “Sim há inferno, sim há diabo, sim há carma”, que ilustra bem o tema desta lição: 

“Uma noite de tantas, entrava pelas portas de uma maravilhosa mansão. 
Silente, atravessei um formoso jardim até chegar a uma fastuosa sala. Movido por um impulso interior, passei um pouco mais além e penetrei ousadamente num escritório de advogado. 
Ante o bufete achei sentada uma dama de regular estatura, cabeça cana, rosto pálido, lábio delgado e nariz romano. Era aquela senhora de aparência respeitável e mediana estatura. Seu corpo não era muito delgado, porém, tampouco demasiado gordo. Seu olhar mais parecia melancólico e sereno. 

Com voz doce e agradável, a dama me convidou para sentar ante a escrivaninha. 
Em tais instantes, algo insólito acontece: Vejo, sobre a escrivaninha, duas borboletas de vidro que tinham vida própria, moviam suas asas, respiravam, olhavam, etc., etc., etc. O caso, por certo, parecia-me demasiado exótico e raro. Duas borboletas de vidro e com vida própria? 
Acostumado como estava a dividir a atenção em três partes, primeiro: não me esqueci de mim mesmo; segundo: não me identifiquei com aquelas borboletas de vidro; terceiro: observei cuidadosamente o lugar. 

Ao contemplar tais animais de vidro, disse a mim mesmo: 
Isto não pode ser um fenômeno do mundo físico, porque na região tridimensional de Euclides jamais conheci borboletas de vidro com vida própria. Inquestionavelmente, isto pode ser um fenômeno do mundo astral. 
Olhei logo ao meu redor e me fiz as seguintes perguntas: 
Por que estou neste lugar? Por que vim aqui? Que estou fazendo aqui? 

Dirigindo-me logo à dama, falei-lhe da seguinte forma: 
Senhora, permita-me a senhora sair um momento ao jardim que logo regressarei. 
A dama assentiu com um movimento de cabeça e eu abandonei, por um instante, aquele escritório. 

Já fora, no jardim, dei um saltinho alongado com a intenção de flutuar no ambiente circundante. Grande foi meu assombro quando verifiquei, por mim mesmo, que realmente me achava fora do corpo físico. Então compreendi que estava em astral. 
Em tais momentos me recordei de que fazia longo tempo, várias horas que havia abandonado meu corpo físico e que este, inquestionavelmente, se achava agora repousando em seu leito. 

Feita a singular comprovação, regressei ao escritório, onde a dama me aguardava. 
Então quis convencê-la de que estava fora do corpo físico: 
Senhora, disse-lhe. A senhora e eu estamos fora do corpo físico. Quero que recorde que faz umas quantas horas se deitou fora do seu corpo físico, pois sabido é que, quando o corpo dorme, a Consciência, a Essência, desafortunadamente metida entre o ego, anda fora do veículo corpóreo. 

Ditas todas estas palavras, a dama me olhou com olhos de sonâmbula, não me entendeu. Eu compreendi que aquela senhora tinha a Consciência adormecida... Não querendo insistir mais, despedi-me dela e abandonei o lugar. 

Depois me dirigi para a Califórnia, com o propósito de realizar certas investigações importantes.”
 

Despertar a consciência no astral é uma experiência nova e muito gratificante, da mesma forma que é para uma criança dar os seus primeiros passos. 
Porém, da mesma forma que uma criança que dá os primeiros passos não aprende a correr de um dia para o outro, também nossas primeiras experiências no mundo astral em geral são bem curtas e acabamos retornando ao corpo físico involuntariamente e muito antes do que gostaríamos. 

Uma dúvida comum é como fazer para permanecer todo o tempo que se queira em astral e também voltar ao corpo físico no momento em que desejar. A verdade é que isso só se consegue com muita prática. 
De qualquer forma, tal qual quando sonhamos (lembre-se que o sonho é simplesmente é uma projeção astral inconsciente), o corpo astral sempre retorna ao corpo físico quando este estiver revitalizado

Para ter cada vez mais e melhores experiências astrais é fundamental:

  • Praticar muitas vezes a técnica do saltinho durante o dia. 
  • Praticar muito, muito mesmo a auto-observação e a morte psicológica, pois assim se vai resgatando cada vez mais consciência para atuar em astral com maior lucidez. 
    Além disso, quanto mais tempo se fica em auto-observação no físico também ficará mais tempo consciente no astral, pois estar consciente é estar em auto-observação. 
  • Estando em astral procurar segurar (ou se segurar em) algum objeto que encontrar ali, pois enquanto estiver segurando algum objeto do astral não se retorna ao corpo físico. Quando quiser retornar solte o objeto. 

As técnicas que estudaremos agora requerem do praticante uma boa capacidade de concentração, por isso é muito importante que você já esteja se disciplinando e treinando a concentração, usando, por exemplo, o que aprendemos na lição sobre concentração. 
Caso ainda não esteja fazendo isso, você provavelmente terá maior dificuldade em usar as técnicas desta lição. 
Porém nunca é tarde para começar a se disciplinar.

Mantras.

Um mantra (do sânscrito Man (mente) e Tra (alavanca)) é um conjunto de sons que podemos pronunciar (vogais, sílabas ou palavras) verbalmente ou mentalmente e que, por terem uma determinada vibração, produzem um efeito desejado. 
Os mantras a seguir têm como efeito a projeção astral:


Clicando nos nomes acima pode-se baixar os arquivos de áudio com os sons destes mantras, para que sejam ouvidos de forma a aprender sua correta pronúncia. 
Ouça os mantrans quantas vezes achar necessário e procure imitá-los da melhor forma possível. 

Para se fazer esta prática devemos nos deitar em uma posição confortável, fazer o relaxamento do corpo e depois então começamos a pronunciar os mantras com muita concentração, sem pensar em mais nada. 

Pode-se fazer os mantras algumas vezes verbalmente e depois passar a fazê-los mentalmente, repetindo o mantra indefinidamente até atrair o sono levemente e sair em astral. 
Concentre-se apenas em pronunciar esse mantra, sinta-se submerso no som deste mantra. Quando surgir algum pensamento simplesmente não lhe dê atenção e torne a se concentrar na pronúncia do mantra. 
É muito importante não fazer desta prática apenas uma repetição mecânica dos mantras, pois assim não se conseguirá nenhum resultado. 

Veja que nesta técnica (e também na outra que aprenderemos nesta lição) o objetivo é muito diferente da técnica do saltinho. 
Nas técnicas desta lição o objetivo não é adormecer inconsciente e depois despertar no astral, mas agora o objetivo é provocar e acompanhar conscientemente o processo da projeção astral, perceber o corpo astral saindo do corpo físico. 
Por isso que são muito interessantes estas novas técnicas que estamos aprendendo agora, pois o praticante pode, após desdobrar-se, comprovar muito mais coisas. 
Pode, por exemplo, ver seu corpo físico que ficou deitado na cama, flutuar em seu quarto, atravessar as paredes de sua casa, e muitas outras coisas que cada um poderá ver por si mesmo, e isso é o que mais importa. 

Como agora vamos acompanhar o processo da projeção astral, é normal percebermos alguns sintomas que ocorrem durante o desdobramento, como um “formigamento” generalizado, o corpo físico paralisado e uma forte vibração ou ruído. 
Tudo isso é perfeitamente natural e quando perceber esses sintomas apenas continue com os mantras até que saia do corpo físico.

Concentração no coração.

Uma outra prática extremamente eficiente que é utilizada para sair em astral é a concentração no coração. 
Os passos preliminares são os mesmos da técnica anterior, ou seja, deitar em uma posição confortável e deixar o corpo bem relaxado. 
Após isso o praticante deverá se concentrar e imaginar seu próprio coração. 
Procure realmente ver seu coração, como ele bate, como é externamente, sua cor, textura, etc. 
Não se preocupe se você não sabe como é um coração detalhadamente, simplesmente imagine da forma que você acha que é. 
Com a prática você realmente verá o aspecto real deste órgão (“o sábio que imagina vê”). 

Após visualizar bem o coração externamente, penetre com a imaginação dentro de seu coração e passe a ver como ele é e funciona internamente (da forma que você imagina que seja). 
Quando estiver satisfeito com a investigação interna de seu coração aprofunde mais a concentração e visualize as células dele. Após concentre-se mais ainda e veja apenas uma célula. Imagine até o interior do núcleo da célula. 
Faça essa concentração sem pressa e da melhor forma possível. Procure adormecer fazendo essa concentração. 

Usando esta técnica sentiremos os mesmos sintomas vistos na técnica dos mantras. Aqui também você deverá ignorar estes sintomas e continuar com a concentração até sair em astral.

Dicas importantes.


  • É imprescindível praticar as técnicas com concentração para se ter resultados. Se isto está sendo um problema para você, recomendamos rever a lição 11 e aplicá-la no seu dia a dia. Não se preocupe, pois com a prática isto se resolve. 
  • É fundamental praticar bastante durante o dia a auto-observação e a morte psicológica, pois assim, além de todos os outros benefícios, se consegue ter cada vez mais lucidez nas experiências astrais. 
  • Todas as técnicas descritas nesta lição levam o praticante a se projetar em astral, porém a técnica de concentração no coração é mais objetiva, o que significa que se consegue resultados melhores e mais rapidamente. 
    Recomendamos dar atenção especial a esta técnica. 
  • É sabido que praticar durante a madrugada, após já ter dormido algumas horas, é mais fácil de se conseguir o desdobramento astral, porque além do corpo físico estar mais descansado (o que refletirá em um sono mais leve) a atmosfera na madrugada é também mais tranqüila e silenciosa. Isso, entretanto, não significa que não se possa praticar durante o dia, caso você tenha tempo disponível e um local silencioso para isso. 
  • Escolha a técnica que mais lhe agradar (mantra ou concentração no coração) e pratique com regularidade. Evite ficar trocando de técnica constantemente, pois desta forma não se chega a lugar algum. 
  • Não conte suas experiência astrais para outras pessoas (nem mesmo sonhos), pois as experiências que temos nos são dadas em confiança como recompensa por nossos esforços no sentido de evoluir espiritualmente. 
    Isso funciona da mesma forma como quando contamos um segredo a uma pessoa: se essa pessoa revela esse segredo aos outros provavelmente não voltaremos a lhe confiar mais nada, não é mesmo? 
Pode estar seguro que ao fazer estas práticas, seguindo as recomendações dadas, terá os resultados desejados. 
Muitas pessoas, usando as técnicas acima descritas, puderam e continuam a experimentar por si mesmas a realidade e os benefícios do desdobramento astral. 
Tudo o que se necessita é boa vontade, prática e continuidade. 

Na próxima e última lição sobre projeção astral, veremos como podemos ir a determinados lugares em astral, e aprenderemos a buscar a autêntica sabedoria em um lugar muito especial.

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